O cajón é um instrumento de origem afro-peruana que vem ganhando muita popularidade nos últimos anos. Compacto, ele tem se tornado o instrumento preferido dos bateristas em situações mais acústicas. Apesar disso, ainda é bastante raro o material didático específico sobre o instrumento, que possui técnicas próprias. Pensando nisso, resolvi fazer um guia em várias partes sobre o Cajón, tanto para quem está pensando em começar, quanto para aqueles que já conhecem o instrumento há mais tempo.
Olá, bateras, tudo tranquilo? Espero que sim, pois aqui estamos para mais uma parte do nosso guia prático de cajón.
Na Parte 1 apresentei um texto introdutório com dicas de qual cajón comprar, dicas iniciais sobre postura e o mais importante, mostrei como tirar os três sons básicos do instrumento que iremos começar a articular nessa lição. Se você não leu a Parte 1, clique aqui
Nos exercícios de hoje, começamos a aplicar os três sons básicos sempre utilizando a manulação alternada (direita e depois esquerda para destros, esquerda e depois direita para os canhotos).
O objetivo é que consigamos usar as notas fantasma para marcar o tempo sem nunca parar de alternar as mãos. Isso possibilita uma abordagem diferente da que utilizamos na primeira lição, em que uma mão ficava em cima e a outra embaixo, e abre o caminho para que possamos fazer viradas e colocar notas de caixa ou bumbo em qualquer lugar do compasso, construindo ritmos mais complexos e agregando possibilidades infinitas.
Todos os grooves abaixo são contados em semicolcheias, ou seja, quatro notas por batida do metrônomo. Uma forma clássica de conta-las seria: 1 e E a 2 e E a 3 e E a 4 e E a 1 e E a 2 e E a 3 e E a 4 e E, e assim por diante, veja o exemplo:
É essencial observar a dinâmica entre esses três sons para que os grooves soem corretamente. Lembre-se que as notas fantasma, devem soar menos do que as demais. No primeiro exemplo, portanto, o resultado deve ser algo parecido com o ritmo mais clássico de todos: bumbo no 1 e no 3, caixa no 2 e no 4:
Pratique cada groove individualmente até que consiga repeti-la sem errar. Depois, tente fazer cada uma por dois compassos e passar para a próxima sem parar o metrônomo. Se quiser adquirir mais destreza ainda, tnte também começar com a mão contrária.
Se estiver em dúvida, no vídeo a seguir demonstro todos esses ritmos em dois andamentos:
Lembrando que todos esses exercícios são do meu livro: A Arte do Cajón, um método completo sobre esse instrumento com mais de 200 exercícios e ritmos a um preço extremamente acessível.
No próximo post começaremos a utilizar a vassourinha em uma das mãos, de maneira que ela simule um hi-hat, enquanto a outra mão faz os sons agudo e grave. Por enquanto vamos ficando por aqui, espero ter ajudado, e me coloco á disposição para quaisquer dúvidas e comentários no espaço abaixo. Abraço, bons estudos, e até o próximo post!
Pedro Alvez
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Texto publicado originalmente no Blog do Baterista.
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